sábado, 8 de março de 2008

Dislexia

No site da APDIS – Associação Portuguesa de Dislexia (http://www.apdis.com/dislexia ) encontrei o texto que passo a descrever.

O QUE É A DISLEXIA?

Dislexia: (do grego) dus = difícil, mau; lexis = palavra

"Embora se fale de dislexia, ao certo sabe-se ainda muito pouco, as respostas
são insuficientes, as crianças, as famílias, as escolas, vivem esta problemática desamparados"

Dislexia é...

"Uma desordem, que se manifesta pela dificuldade de aprender a ler, apesar da instrução ser a convencional, a inteligência normal, e das oportunidades socioculturais.
Depende de distúrbios cognitivos fundamentais que são, frequentemente de origem constitucional."
(Federação Mundial de Neurologia, 1968).

"A Dislexia é uma dificuldade duradoura de aprendizagem da leitura e aquisição do seu automatismo, junto de crianças inteligentes, escolarizadas, sem quaisquer perturbações sensoriais e psíquicas já existentes.
(APEDYS - França).

Nem os pais, nem os professores são responsáveis por esta dificuldade específica de aprendizagem. Porém não devem ignorá-la.

Sinais de Alerta

Problemas de Aprendizagem relacionados:

- Dificuldades na linguagem oral;
- Não associação de símbolos gráficos com as suas componentes auditivas;
- Dificuldades em seguir orientações e instruções;
- Dif. de memorização auditiva;
- Problemas de atenção;
- Problemas de lateralidade;

Na leitura e/ ou na escrita:

- Possíveis confusões
(ex: f/v; p/b; ch/j; p/t; v/z ; b/d...)
- Possíveis inversões;
(ex: ai/ia; per/pré; fla/fal; cubido/bicudo...)
- Possíveis omissões:
(ex: livo/livro; batata/bata...)

Respostas urgentes a implementar:

- Criação de estruturas de despiste e reeducação precoces.
- Consultas multidisciplinares para avaliação compreensiva de casos.
- Formação de professores numa pedagogia específica.
- Meios de informação sobre estruturas de apoio a alunos com dislexia.

Problemas de Aprendizagem relacionados:

- Dificuldades na linguagem oral;
- Não associação de símbolos gráficos com as suas componentes auditivas;
- Dificuldades em seguir orientações e instruções;
- Dificuldades de memorização auditiva;
- Problemas de atenção;
- Problemas de lateralidade;

Como se pode ver muitos dos nossos jovens filhos apresentam um grande número destas características o que se transforma no maior problema deles. Nem pensem que a escola dá por isso ou que os professores estão formados nesta matéria. São muitos poucos os que reconhecem um disléxico e que o trata convenientemente. O que é mais normal é acharem a criança rebelde, pouco interessada e pouco inteligente, coitadinha. E com isso destruem o ego e o prazer de aprender de um jovem que ou tem pais que tentam corrigir o problema ou o desempenho afunda-se e a auto estima fica afectada durante anos, o que não ajuda nada a melhorar a situação.
Estas crianças são inteligentes e não se adaptam aos processos pedagógicos que por cá vigoram. Não há, ao contrário de outros países, nenhuma estratégia consistente para um assunto que toca a entre 5 e 10 por cento das crianças, em graus diferentes, é claro.
Se há dúvidas quanto a este ponto peço que vejam a lista, inserida na página referida, de grandes homens e mulheres que surpreendentemente eram disléxicos e por isso não foram grandes alunos mas marcaram a sua geração.
Espero que a nível regional se possa dar passos vanguardistas para melhorar esta realidade.

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