quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Euro

Tem sido recorrente a pressão de jornalistas a querer saber se Portugal vai sair do Euro.
Parece que gostavam que isso acontecesse. Nem fazem ideia dos que lhes aconteceria.
Se um país em dificuldades arriscasse tal solução iria ser alvo de uma avalanche de problemas que hoje nem se sabe bem quais seriam. Alias nem se sabe bem como e em que termos essa saída seria realizada.
A divida em euros seria contabilizada em euros enquanto nós passaríamos a ter uma moeda que para simplificar seria o escudo.
Qual a paridade de inicio entre o escudo e o euro? A desvalorização que aconteceria de imediato que consequências teria nas nossas relações comerciais? Teríamos dinheiro para pagar as importações? E o que aconteceria a um investimento estrangeiro?
Uma coisa seria certa. A emigração seria explosiva e o empobrecimento seria rápido e radical.
Mas deixemos de parte essa possibilidade e pensemos de forma diversa. Qual é o único país que não teria problema em sair do euro? Resposta simples - A Alemanha.
Então porque não saí a Alemanha do euro até o grupo euro se reequilibrar com uma desvalorização lenta e ganhos de competitividade que produzissem um novo período de empobrecimento logo seguido de um crescimento económico mais dinâmico.
Então porque não solicitamos que a Alemanha saía do Euro durante 5 anos e nos deixe equilibrar os nossos países nesse período, para desenvolver programas sérios de reestruturação das finanças públicas e das empresas financeiras, de forma devidamente articulada e com o acompanhamento de um organismo de supervisão, que não deixasse ninguém fugir da linha nesses 5 anos.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Saúde

Hoje vejo uma notícia sobre os cortes no Hospital de Ponta Delgada. Fiquei sinceramente preocupado. Vejam lá se não tenho razões para isso.
Nos últimos quatro anos a minha vida foi salva duas vezes pelo médico de prevenção da especialidade de Gastroenterologia.
Esse médico de prevenção vai deixar de existir e com isso poupa-se 40 mil euros por ano.
Como certamente a minha vida não foi a única a ser salva, fiquei a saber que o valor da minha vida para a Secretaria da Saúde é mesmo muito baixo.
Se isso acontecer uma coisa é garantidamente verdade. Nunca me esquecerei do nome dos que foram responsáveis por tal decisão.
É preciso que as más decisões fiquem definitivamente coladas a quem as tomou. Não me esquecerei de repetir a história em todas as oportunidades.
Já agora e a propósito das medidas na saúde subentendo que a Secretaria da Saúde pretende desqualificar o Hospital de Ponta Delgada como Hospital Universitário. Mais uma boa ideia uma vez que não é um Hospital Terceirense (desculpem-me que nem sequer sou bairrista mas cheiro-os à distância).