sábado, 17 de janeiro de 2009

Trabalhando em casa

Uma tendência já perfeitamente sentida é a desmaterialização da economia e o trabalho sobre suporte informático. Isto significa que podemos trabalhar em qualquer local e entregar-mos o nosso trabalho a uma institução que está noutro, bem distante, possivelmente noutro país.
Significa também que um Açoriano pode trabalhar para qualquer parte do mundo sem sair de casa, bastando-lhe para tal ter competências pessoais competitivas e uma estrutura de comunicações adequada.
Aqui surge um problema, pois nos Açores pagamos por serviços com determinadas características que não nos são efectivamente disponibilizadas. As velocidades de descarregar e carregar informação por via digital é muito inferior, se medir-mos, ao serviço que pagamos.
Mas no futuro ainda se carece de mais largura de banda e maior velocidade pois a evolução da economia desmaterializada disponibilizará mais produtos e as exigências serão muito superiores.
As autoridades deviam exigir a rápida recuperação da qualidade para os padrões comercializados e a planificação da implantação de uma infraestrutura de comunicações com uma arquitectura muito avançada. Os Açores são tão pequenos que o investimento pode ser feito como se tratasse de uma experiência laboratorial a nível europeu, ligando entidades interessadas como empresas, universidades e a União Europeia. Porque não pensar em redes inteligentes que sirvam as comunicações e a energia em simultâneo?

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A quem pedir opinião?

A certos assuntos polémicos. Os jornalistas normalmente recolhem opiniões de pessoas conhecidas sobre estes assuntos. Sempre que há polémica sobre os Açores lá perguntam a opinião de um velho e conhecido constitucionalista que invariavelmente é de opinião que as pretensões açorianas são inconstitucionais.

Sobre economia perguntam a dois economistas que invariavelmente dizem que as pretensões dos Açores são impossíveis.

Eu também tenho opiniões e não estou agarrado a quaisquer interesses acho que esse constitucionalista já não devia ser chamado a dar opinião porque a sua opinião já conhecida e não é sequer independente o mesmo acontecendo aos economistas do costume.

Seria uma lufada de ar fresco trazer a opinião dos constitucionalistas do século XXI e dos economistas que vão ser ministros e não dos que foram. Ou definitivamente nos viramos para o futuro ou estamos perdidos.

Só falta perguntarem a opinião do Dr. Oliveira e Costa, que também já foi Secretário de Estado do tempo das facturas falsas (ai a memória) e angariou fundos para a campanha (estranha história), e foi presidente de banco (grande barraca, sendo portanto sobejamente conhecido. Deve ter uma interessante e desfavorável opinião sobre os Açores.

E isto é tão curioso que eu conheço muita gente normalmente bem informada que não conseguiu compreender o caso dos Açores e o porquê da polémica. Será que o facto de o Presidente ouvir ou não a região é o assunto mais importante? Quando era Primeiro Ministro os órgãos de Governo da Região eram ouvidos várias vezes depois dos diplomas estarem publicados, embora fosse constitucionalmente obrigatório. Grande respeito!

Penso que o Presidente da Republica está a perturbar o regular funcionamento das instituições em vez de o garantir.

A História não deixará de deixar claro que estas manobras políticas só desmerecem quem as pratica.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Aproveitamentos

Muitos políticos, economistas e outras pessoas que manifestam a sua opinião têm ultimamente apresentado argumentos favoráveis a certas medidas e desfavoráveis a outras.

Se prestar-mos atenção verificamos que, em geral, as análises nada têm de cientifico e que na maior parte das vezes o que é afirmado enfermada de incorrecções de ordem teórica e factual.

Mas pior de tudo, é que as medidas propostas por estas individualidades são precisamente as mesmas que propunham à um ano. Ou seja, a crise apenas está a ser aproveitada para servir de argumento quanto à oportunidade das mesmas medidas.

Em cada século há algo que faz mudar realmente a economia, o social e a politica. No século XX foi a 1ª grande guerra. Esta crise marcará a mudança para uma nova formula. Mas só haverá um novo paradigma quando mudarem os actores e as fórmulas.

Por enquanto a crise está a servir para cada um reivindicar o mesmo, fazendo crer que a resolução do seu problema é que resolverá a crise. É pena porque é uma perda de tempo.

domingo, 4 de janeiro de 2009

2009

Suponho que 2009 vai revelar-se um ano muito curioso. Se por um lado as expectativas são más penso que a sensação de desconforto poderá fazer reagir as pessoas e fazer concentrar os esforços na busca das melhores soluções para resolver os problemas em vez de os debater infinitamente.
Espero sinceramente que a entrada em 2010 seja já mais optimista, fruto do trabalho esforçado de 2009.
Estou preparado.
Bom 2009