segunda-feira, 23 de março de 2009

Provedor de Justiça

O Provedor de Justiça é um alto cargo com um largo poder de influência. Temos assim todo o interesse em que a personalidade escolhida seja detentora de créditos muito fortes de personalidade, ética, isenção e saber.
Acontece que o nome proposto pelo Partido Socialista, respondendo com satizfação a algumas destas características não responde a uma que é fundamental para os Açores.
Não é isento e embirra descaradamente com a Autonomia Regional.
Não tenho dúvidas que se for a personalidade escolhida terá sempre que se proporcionar uma atitude desfavorável aos interesses regionais.
Espero que não seja o futuro Provedor para bem dos Açores e espero que as forças políticas regionais percebam que este cargo será ocupado durante muito tempo pela personalidade que for agora nomeada.
Esperamos que escolham uma personalidade que tenha a maturidade e o conhecimento necessários mas não esteja em fim de carreira. Precisamos de gente de outra geração senão acabamos como aqueles conselhos da Antiga China que eram todos velhinhos...

segunda-feira, 16 de março de 2009

Lobbies

Estava a ler uma declaração de um antigo ministro do ambiente e verifico que este afirma que existem lobbies fortíssimos em prol da incineração e da co-incineração.
Fiquei muito surpreendido.
Quando todos os estudos indicam que a incineração é um processo adequado para o tratamento de resíduos quer perigosos quer não perigosos com a vantagem de ter um retorno financeiro elevado com a produção da tarifa ficando assim o custo por tonelada mais favorável permitindo que a população pague taxas de resíduos mais baixas só posso aceitar que estes lobiees que este senhor refere são lobiees técnicos.
Pelos vistos o senhor em causa prefere o lobbie dos que vendem os sistema de tratamento mecânico biológico que são ineficientes e caros e que se traduzem em custos elevados para os cidadãos.
Claro que os que têm gabinetes de consulta na área dos resíduos preferem receitas que não resolvam o problema para continuarem a ter trabalho.
Claro que os sistemas que não prestam pagam mais a um elevado número de pessoas para gerar a ideia que são muito amigos do ambiente e para encontrarem políticos que desenham políticas tecnicamente absurdas.
A verdade é que cada vez vão existir projectos de incineração pois são os únicos que actualmente resolvem a custo aceitável o problema.
A Inglaterra também levou seis anos a pregar nos tratamentos mecânico e biológicos e agora está com milhões gastos e a reverter a sua política timidamente mas com um programa de construções de incineradores muito importante. Os países nórdicos também tratam por incineração a maioria dos seus resíduos. A Alemanha tem um programa maciço de construção de incineradores.
Deus nos acuda pois as políticas de ambiente ficam poéticas quando não se ouvem os técnicos, pena que a poesia não trate os resíduos nem o ambiente.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Assalto a uma empresa

Esta é a história de uma empresa comum. Não se trata de nenhuma em concreto mas representa o que s passa com muitas.
A empresa pertencia a um empresário que era sócio gerente e que tinha tidoum razoável sucesso. Os clientes até pagavam num prazo muito razoável e a vida corria bem.
O sócio gerente tinha um salário modesto.
Um dia una amigos convidam o nosso sócio gerente a ir de férias a um país da américa do sul fazer umas férias. Era um grupo de amigos com as respectivas mulheres.
Embora tenha sido habituado a fazer contas à vida, pensou:
A verdade é que umas boas férias até vinham a calhar e eu até tenho dinheiro no banco.
Lá foram todos.
Poucos meses depois de chegarem teve uma avaria no automóvel e resolveu que a empresa podia muito bem comprar um bom carro, que até descontava nos impostos. Lá comprou.
Um ano depois a mulher fala-lhe em fazer umas obras de beneficiação da casa. Pediu um orçamento. Era caro.Ficou a pensar no assunto e de repente pensou em propor à mulher venderem a casa e comprarem outra em vez de repararem aquela.
A mulher ficou muito satizfeita e contou de imediato a toda a gente.
O que tinha sido uma hipótese passou algo perfeitamente assente.
Compraram a casa e venderam outra, embora a divida tenha aumentado muito.
O salário modesto já não dava. Aumentou-o e começou a usar a empresa para pagar parcialmente as suas crescentes empresas.
Ao fim de uns anos de um comportamento de novo rico a empresa começou a pedir empréstimos para financiar a tesouraria. O dinheiro dos clientes continuava a entrar mas já não chegava para tudo.
Mais tarde os empréstimos trouxeram juros, que são custos.
Até que um dia o nosso sócio gerente vai ao banco solicitar mais um empréstimo e o seugestor de conta diz-lhe que vai estudar o caso mas que com a crise o caso está muito dificil.
O nosso empresário continua com a sua vida dispendiosa e começa a atrasar os pagamentos para equilibrar a tesouraria. Entretanto vai a uma reunião de empresários onde decidem manifestar ao Governo a sua preocupação pela dificuldade do crédito.
- A culpa é daqueles americanos que deram cabo disto tudo - diziam.
Ao fim de muita insistência o Governo decide abrir uma linha de crédito para empresas em dificuldades.
Foi nesse dia que eu soube que eu e os outros portugueses é que vamos pagar a vida faustosa daquele empresário que assaltou a sua empresa e transformou uma boa empresa numa empresa descapitalizada. Em vez de ser o dito empresário a aumentar o capital da sua empresa e passar a viver, como toda a gente do seu salário, somos nós que vamos capitalizar a empresa.
O pior é que não resulta porque ele já se habituou a assaltar a empresa e vai fazê-lo sempre se não tiver que escolher entre a casa e o carro e a empresa.