sexta-feira, 24 de junho de 2011

Capital Próprio

As empresas que alavancaram muito o seu capital com fundos perdidos e empréstimos bancários sem reforçar os capitais próprios a cada investimento que faziam estão mais expostas a problemas de liquidez.
O financiamento da economia deixou de se fazer por via bancária ou, quando se faz é em condições muito penalizadoras.
Uma simples quebra de mercado ou mesmo atraso nos pagamentos por parte dos clientes e a tesouraria entra em situação caótica.
É altura de proteger as empresas com reforços de capitais próprios, mesmo que isso represente a entrada de novos accionistas.
O que não se deve é nada fazer.
Não são só os bancos que têm negócios a mais para o seu capital. Muitas empresas também estão nesta situação.
Se não houver muita pedagogia neste sentido e resposta por parte das empresas, temo que as empresas que conhecemos hoje não estarão cá dentro de dois anos.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Empresas desesperadas

Com a economia a vacilar e com o investimento público em forte quebra algumas empresas de construção civil começam a ficar desesperadas.
Curiosamente não se conhecem planos de reestruturação nem orientação para novos mercados, como têm feito algumas das grandes empresas nacionais. Continuam com as manias de ricos embora andem a explicar aos seus credores o inexplicável.
Agora surge uma pressão concertada para que o poder político legisle de forma proteccionista, dando vantagem às empresas regionais.
Não se percebe porque acreditam que isso poderia ser feito nem qual a vantagem em fazê-lo.
As empresas que fazem obras públicas contratam sempre mão de obra local. Portanto a adjudicação a uma empresa local não é muito diferente nesta variável.
As entidades adjudicantes também não teriam vantagem pois teriam de adjudicar obras a projectos ou propostas técnicamente com pior qualidade e/ou preço.
Então quem beneficiaria de uma medida proteccionista?
Apenas os donos e altos quadros destas empresas e os bancos que lhes emprestaram, ao que parece mais do que deviam.
Espero que os interesses do povo ganhem...
Enquanto isso surgem novas empresas que apostam nos pequenos clientes e em obras de reabilitação de edifícios, mercado que está em franca expansão, seguindo aliás o que se passou na Europa já à vinte anos, sendo portanto uma tendência esperada.

sábado, 4 de junho de 2011

Pepinos espanhois

Meus caros
Houve um alemão que achou que os pepinos espanhóis estavam envenenados.
Alerta geral contra os pepinos espanhóis.
Os agricultores espanhóis entram em crise e com eles todos os produtores de vegetais espanhóis, pois não há nada pior que perder a credibilidade.
Nova noticia - afinal a bactéria mortal nada tinha que ver com os pepinos espanhóis.
A esta altura já ninguém come vegetais de lado nenhum e todos os agricultores sofrem.
Os agricultores espanhóis pedem ajuda comunitária e a senhora Merkel diz que a ajuda tem de ser para todos pois todos tinham sido prejudicados a esta altura.
Eu, se fosse espanhol dizia à senhora Merkel que no que respeita à ajuda comunitária a Comunidade e não ela haviam de decidir. O que ela podia começar a tratar era de por uma boa maquia de parte para indemnizar os agricultores espanhóis não pelos pepinos mas por ofensa ao seu bom nome e reputação. E isso vale bastante mais do que os pepinos.

Hora de trabalhar

Agora que o fumo das eleições se dissipa temos de voltar a pensar em trabalhar.
Nós todos, comuns cidadãos temos de trabalhas melhor para produzir mais, mesmo que nos paguem menos, pois é a única esperança de sair desta trapalhada e voltar a ter sonhos ambiciosos.
Os deputados têm que fazer uma agenda muito intensa, pois têm de rever uma série de legislação, mesmo a nível regional (não pensem que escapamos assim facilmente), pois se antes das eleições ninguém quis falar muito sobre os compromissos assumidos, ou falaram tolices, quem leu os dois memorandos de compromisso fica preocupado porque há assuntos que nem sei se os partidos fazem uma mínima ideia do que significa o que nos é pedido.
A ideia que os Açores só tiveram um corte de verba é falso. Convinha antecipar a urgência e pensar no que se vai fazer.
Não é este o momento de discutir p.. como dizia um ex ministro das finanças com idade suficientemente avançada para ter perdido os inibidores sociais. Há que chegar a acordo e aceitar visões diferentes na tentativa de construir leis adequadas.
A gora temos todos de trabalhar, mesmo aqueles que estão habituados a viver por conta. Todos têm de ser chamados a trabalhar.
Não se pode ter uma montanha de desempregados e não ter ninguém para trabalhar.
Dêem-lhes cursos e ponham-nos a trabalhar.
Desta vez não há Santa Casa da Misericordia que nos safe. E não venham com a aquela conversa habitual de ter pena dos coitadinhos, porque ninguém vai ter pena de nós.