terça-feira, 7 de julho de 2009

Abstenção

A democracia parte do princípio que os cidadãos têm direito ao voto. Esta é a forma de participar nas decisões pois ao votarmos estamos a fazer escolhas.
As recentes eleições para o Parlamento Europeu registou uma elevada abstenção pelo que se pode deduzir que as pessoas não acharam que havia escolhas a fazer pois o que os candidatos diziam não indiciava qualquer alteração na vida do dia a dia. Os problemas seriam os mesmos.
Já as eleições para a Direcção do Benfica contaram com um número de votantes nunca visto. Provavelmente os sócios acharam que estavam na presença de dois caminhos e decidiram escolher o que mais lhes agradava.
Esta é uma lição muito grande para quem gere as campanhas. Ou há caminhos diferentes e escolhas perceptíveis ou porquê votar?
Uma melhoria substancial seria votarmos em nomes e não em partidos pois os nossos deputados seriam escolhidos por nós e nós (os eleitores) podíamos pedir-lhes contas. Esta simples medida acabaria com representantes que só lá estão porque estão caladinhos e obedecem a quem lá pôs o seu nome na lista, atitude que em nada defende os interesses do povo.
Quando a democracia é levada a sério pelos políticos o povo não se abstém.
Agora votar quando não há escolhas contribui para um número cada vez maior de votos de protesto o que distorce os resultados e acabará por dar para o torto.
Ou será que queriam mesmo ser governados pelo bloco de esquerda, sair da União Europeia e da Nato, acabar com os ricos (que certamente faziam as malas e iam pregar para outra freguesia) e nacionalizar os sectores mais importantes da economia?

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