sábado, 11 de julho de 2009

Sonhei que ...

É verdade. Numa destas noites estava calor e o meu sono foi invadido por um sonho, daqueles que parecem um filme.
Tratava-se da conversa de dois personagens que discutiam a gestão de um contrato.
Um deles representava uma empresa que teria de compensar a instituição representada pelo segundo num certo valor.
De repente o devedor propõe que o acerto seja efectuado através da aquisição e instalação de um sistema de controlo de velocidade a instalar em diversos pontos de uma localidade.
O outro não conteve um brilho nos olhos pois a instalação deste sistema podia ser apresentado como uma medida muito eficaz de protecção da segurança daquela população com evidentes dividendos políticos.
Ficou assim combinado e assim se fez.
O efeito politico foi obtido.
As multas que estão a ser diariamente passadas só devem chegar às populações dentro de seis meses.
Grande parte do trânsito desviou-se para uma alternativa SCUT com receio de tão traiçoeiro sistema de controlo e a empresa que pagou a compensação compensou a despesa com o aumento das portagens virtuais em três meses.
O brilhante interlocutor que aceitou tão mal intencionada oferta está agora atrapalhado com o aumento da despesa mensal com as portagens virtuais da SCUT.
Dentro de seis meses começarão a chegar as multas a casa das pessoas e dentro de sete meses as segundas multas e dentro de oito meses começarão a ser retiradas cartas de condução (sempre com seis meses de atraso).
A revolta instala-se e as cruéis maquinetas são substituídas por semáforos menos traiçoeiros e mais pedagógicos.
A despesa foi em duplicado mas tudo acaba em bem menos para todos aqueles que ainda durante seis meses continuarão a receber multas e a ficar sem carta.

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