quarta-feira, 10 de junho de 2009

Governabilidade

Se as eleições para a Assembleia da República tivessem o resultado que foi obtido com as Europeias o país atravessaria uma grave crise de governabilidade.
A política agressiva e conflituante não é inspiradora e não atrai as pessoas para lutarem por uma solução para os problemas que vivemos.
Falta política e sobra novela de má qualidade e os portugueses desligaram, mudaram de canal.
Se perguntarmos qual foi a mensagem das últimas eleições veremos que nenhuma foi retida. A verdade é que não houve mensagem.
É preciso inspirar as pessoas e acreditar que há futuro com políticas sérias e sem rodeios.
Há que reformar o Estado e dirigi-lo para as suas principais funções. Mas cada um tem que dizer o que entende por reformar o Estado.
Há um défice gigantesco e há que assumir com clareza como se resolve este problema.
Há que fazer um pacto de desenvolvimento com a população portuguesa com clareza e com um discurso que as pessoas percebam.
Há que trazer os abstencionistas ao voto para termos um empenho nacional na saída da crise e na resolução dos problemas.
Com uma campanha de acusações e vazia de ideias e propostas, que não mostre um caminho, teremos outra vez uma abstenção gigantesca e um resultado que apenas dependerá de quem foi votar.
Com uma grande abstenção, um partido pequeno pode ter uma votação percentualmente grande pois o mesmo número de votos terá mais peso. Pena que entretanto, se isto acontecer, o país ficará ingovernável e o futuro será uma incógnita.
Pede-se aos políticos que façam política e que se deixem de peixaradas.

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