quinta-feira, 10 de março de 2011

Recentrar a Europa

A Alemanha tem assumido a liderança, concentida pelos seus pares, da Europa.
Ainda me recordo que, no século passado, sempre que a Alemanha se sentiu forte tratou de tomar conta dos seus vizinhos, por quem, aliás, nutre um secreto sentimento de desprezo.
A Alemanha tem demasiado poder e isso, claramente, não é favorável a nenhum país europeu.
A solução a apresentar nas duas cimeiras deveria ir no sentido de afastar a Alemanha do euro, o que permitiria que eles (alemães) tivessem a sua política monetaria e nós, os países com maiores dificuldades economicas, ajustassemos a política monetaria às nossas necessidades.
A Alemanha não pode querer mandar sem se comprometer. Ter a vantagem de pertencer a um mercado de 500 milhões de habitantes sem ter nenhum custo.
Por isso as propostas deviam ir no sentido de isolar a Alemanha e retirar-lhe o ònus e o benefício.
De qualquer maneira vamos ter de sofrer as consequências de termos agido como novos ricos, mas pelo menos não temos de aturar o paternalismo Alemão.
Os alemães devem pensar que os povos não sabem que as dificuldades que estão a levantar apenas são o preparar o terreno para nos fazerem comprar mais uns bens luxuosos que agora não precisamos, assim de repente lembro-me de um TGV.
Com esta posição ao menos era menos essa conta que teriamos que pagar.

Sem comentários: