quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A quem pedir opinião?

A certos assuntos polémicos. Os jornalistas normalmente recolhem opiniões de pessoas conhecidas sobre estes assuntos. Sempre que há polémica sobre os Açores lá perguntam a opinião de um velho e conhecido constitucionalista que invariavelmente é de opinião que as pretensões açorianas são inconstitucionais.

Sobre economia perguntam a dois economistas que invariavelmente dizem que as pretensões dos Açores são impossíveis.

Eu também tenho opiniões e não estou agarrado a quaisquer interesses acho que esse constitucionalista já não devia ser chamado a dar opinião porque a sua opinião já conhecida e não é sequer independente o mesmo acontecendo aos economistas do costume.

Seria uma lufada de ar fresco trazer a opinião dos constitucionalistas do século XXI e dos economistas que vão ser ministros e não dos que foram. Ou definitivamente nos viramos para o futuro ou estamos perdidos.

Só falta perguntarem a opinião do Dr. Oliveira e Costa, que também já foi Secretário de Estado do tempo das facturas falsas (ai a memória) e angariou fundos para a campanha (estranha história), e foi presidente de banco (grande barraca, sendo portanto sobejamente conhecido. Deve ter uma interessante e desfavorável opinião sobre os Açores.

E isto é tão curioso que eu conheço muita gente normalmente bem informada que não conseguiu compreender o caso dos Açores e o porquê da polémica. Será que o facto de o Presidente ouvir ou não a região é o assunto mais importante? Quando era Primeiro Ministro os órgãos de Governo da Região eram ouvidos várias vezes depois dos diplomas estarem publicados, embora fosse constitucionalmente obrigatório. Grande respeito!

Penso que o Presidente da Republica está a perturbar o regular funcionamento das instituições em vez de o garantir.

A História não deixará de deixar claro que estas manobras políticas só desmerecem quem as pratica.

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