domingo, 22 de junho de 2008

Novos desafios para os serviços de saúde

A evolução das economias, com crescimento da inflação e dos juros, com forte agravamento dos bens e serviços energéticos e dos bens agrícolas e alimentares veio trazer aos europeus em geral uma perda de poder de compra real.
Esta perda de poder de compra afecta com maior gravidade as famílias com menores recursos e mais endividadas.
Uma das consequências é a menor procura de consultas em consultórios privados e um aumento do recurso aos serviços públicos de saúde.
Num país que insiste em não formar médicos em número suficiente e dotar os centros de saúde de um número de médicos de família que responda com normalidade espero que a política de saúde se ajuste para um crescimento da procura dos seus serviços e para os reflexos financeiros que tal facto provocará.
Continuo a achar que a política de saúde tem que mudar pois assim acabará por não se ter uma resposta efectiva por motivos financeiros.
Possivelmente um crescimento da oferta de formação superior em cerca de 25% e a contratualização de serviços com consultórios particulares sob condições favoráveis para o Estado podia ser um caminho a estudar.
Já agora, a Universidade dos Açores que tem tantas dificuldades podia ter um curso de medicina associado ao Hospital de Ponta Delgada em vez de continuar a fazer mais do mesmo.

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