terça-feira, 19 de maio de 2009

Trabalhar para ter futuro

O futuro é sempre construído no presente. É o trabalho que hoje desenvolvemos que abrirá boas ou más perspectivas para o futuro.
Hoje há uma pressão terrível para resolver tudo rapidamente.
Acontece que tudo o que é importante não pode ser resolvido rapidamente, porque é complexo e porque envolve muitas pessoas, formas de pensar e saberes.
A disciplina é boa companheira em momentos de aflição.
Penso que a administração da justiça é um dos pressupostos de reforma necessária à obtenção de sucesso. Não se trata de mudar leis mas antes aplicá-las, mesmo que se trate de magistrados. Talvez o caso que está actualmente a preencher noticiários venha dar um contributo importante nesse sentido.
A responsabilização das pessoas pelos seus actos é essencial e as leis não podem ser sempre permissivas porque a realidade social vai traduzir esta prática legislativa numa autorização para o terrorismo local, para a insegurança, para práticas que liquidam o esforço de quem trabalha com convicção.
Estamos sempre a pedir ao estado que resolva, seja o que for que há para resolver. Mas o Estado somos nós e colectivamente só resolvemos seja o que for com uma grande concentração no trabalho.
Falta-nos rigor, e sem ele a sensação de revolta vai-se acumulando e é fácil prever que se instalará um clima de instabilidade social prejudicial a quem quer resolver uma crise.
Pede-se uma visão de longo prazo, orientada com rigor e apostada num crescimento das habilitações da população, para que se possa passar para um patamar mais competitivo a nível internacional e criar empresas geradoras de riqueza e portanto de emprego sustentável.
Não gastem mais dinheiro a salvar tudo e todos senão daqui a um ano ninguém nos salva de mais vinte anos de penúria.

Sem comentários: