sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Salários

Todos as discussões salariais consideram como referencia a variação do PIB. Uma parte desta variação deve-se à inflação e a parcela restante a ganhos de produtividade.
Os sindicatos não pedem só a inflação mas a inflação mais os ganhos de produtividade o que se compreende, pois assim a repartição do rendimento entre capital e trabalho se mantém.
Agora põe-se um problema diferente e que vai ter muita influência no futuro próximo. O PIB vai decrescer em 2009, possivelmente com uma inflação negativa ou próxima de zero e uma quebra de produtividade muito elevada.
Se os salários acertassem por este valor tudo ficaria normal menos o sentimento de roubo que se instalaria nos trabalhadores assalariados.
Mas se os salários aumentarem então Portugal vai ter uma forte quebra de competitividade e uma alteração da repartição dos rendimentos favorável ao trabalho.
A satisfação dos trabalhadores pois numa situação destas o que normalmente acontece é que quem tem capital para investir procura a melhor aplicação e esta pode possivelmente ser encontrada noutro país.
Em momentos difíceis é preciso fazer sacrifícios justamente repartidos. Este é um comportamento de quem tem a literacia suficiente para entender como pode a prazo não ser pobre.
Será o caso de Portugal?

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