Costumo ler partes dos programas partidários antes das eleições.
Nas últimas também o fiz. O que procurava? Simples sinais de uma intervenção e debate sobre a justiça que tivesse a intenção de transformar este sector em algo que os portugueses se possam rever e confiar.
Em mau momento o fiz porque não havia nada.
Os partidos estão reféns de decisões de tribunais e do stress dos média.
As coisas que se ouvem são assustadoras.
Decididamente ninguém acredita que, da forma que as coisas estão, possa haver justiça.
Nem para quem reclama direitos, para quem foi roubado ou alvo de erros grosseiros que põem vidas em risco. Que se investiguem os crimes com provas e não pondo escutas em toda a gente. Enfim que as polícias, os tribunais, o ministério público e todo este sistema funcione em prol do povo de forma correcta.
Quando se vê uma série de justiça americana vê-se uma preocupação com a procura da verdade. Será isso que se vê em Portugal?
Não me parece. Os jornais arranjam capas para vender.
O segredo de justiça é uma instituição interessante que serve o boato pois com uma centelha de verdade aproveita-se para fazer crer coisas erradas. Nunca se esclarece a origem das fugas.
Arranja-se um burburinho e desacreditam-se as instituições.
No fim temos imensa gente a perder tempo e não temos ninguém preocupado em fazer o sistema funcionar, nem que para isso seja necessário uma revolução nas instituições.
Esse é um problema que devia ser o lema da Presidência da República.
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