Está na moda afirmar que os salários devem baixar. Eu acho esta perspectiva contrária aos interesses dos portugueses.
O que se ganha com salários baixos? Uma mão-de-obra do 3º mundo? É isso que queremos ser?
Que incentivo ao trabalho, ao orgulho da profissão é que pode dar um salário miserável?
Agora vem o sempre popular ataque aos salários dos gestores públicos. No outro dia vinha num jornal uma referência a um gestor que ganhava cerca de 5 mil euros brutos numa das grandes empresas portuguesas.
Apetece-me perguntar ao jornalista qual o salário que ele acharia justo? Há apresentadores da RTP a ganhar 3 vezes mais e não estão sujeitos a sistemáticos ataques sobre a sua honorabilidade.
Por este caminho vamos perder todos os gestores competentes que ainda temos, aqueles que não são fruto de uma amizade política e vamos ter gestores políticos jovens que encontrarão de forma esperta uma forma de ter rendimentos mesmo com salários baixos. As empresas irão certamente por um bom caminho e os jornalistas ficarão contentes pois aí viverão definitivamente num país à sua medida.
Claro que se os salários mais altos baixam, mais cedo ou mais tarde os salários mais baixos também serão pressionados e valerá mais a pena viver do RS de inserção até que este também acabará.
O caminho, do meu ponto de vista é valorizar o trabalho e a iniciativa. Nunca a mediocridade. Até porque os jovens muito qualificados e que tanta falta nos fazem para trazer soluções, em vez de diagnósticos, acabarão por encontrar noutros países quem os valorize.
Ciente disso já há quem ande por aí a oferecer condições para jovens muito qualificados emigrarem para a Alemanha.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
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