Muitas opiniões se têm ouvido sobre economia.
De facto perdeu-se o hábito de falar de política.
O que está em causa não é um problema económico mas antes um problema político.
O que está em causa é como a esperança de vida deve ser repartida entre preparação, vida activa e reforma.
Quem e como se financiam as reformas.
Não interessa saber se o défice é 3 ou 5% do PIB mas quem paga as dívidas. Qual o desfasamento entre gerações é aceitável e qual não é.
E se a divida deve ser reduzida o melhor é começar a discutir qual a parte da saúde e da educação é mais adequado serem os respectivos utilizadores a pagar.
Do ponto de vista económico uma economia é tanto mais saudável quanto menores forem os recursos subtraídos pelo Estado, pois assim mais recursos podem ser encaminhados para investimento sem ter de recorrer a capital externo que vai ter de ser pago com exportações de bens ou serviços.
Recorrer a capitais externos é a forma mais rápida de perder primeiro competitividade e depois a autonomia enquanto país.
É de autonomia nacional que se está a falar e não do IVA ou do salário do ministro. Isso são assuntos menores, embora por vezes incomodem.
Os economistas têm vindo a dizer à décadas que os desequilíbrios externos são preocupantes. De que serve se logo se arranja um economista pago por alguém para dizer que o caminho é o Estado gastar o que não tem porque isso vai ser uma solução óptima. E, claro que esse alguém tem uma empresa que produz aquilo que é, curiosamente, o que melhor é para o Estado gastar, ou investir como é corrente chamar a quem gasta dinheiro em coisas sem qualquer retorno.
Venham políticos de outra geração e resolvam isto com transparência e sem medos. Por favor.
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