As estatísticas dão-nos por vezes uma boa fotografia do que tem sido a transformação da economia açoriana. Algumas alterações são notáveis o que não quer dizer que sejam boas ou más. Vejamos algumas alterações notáveis do PIB dos Açores entre 2004 e 2008:
- A agricultura reduziu o seu valor em 22%
- A produção e distribuição de electricidade, gás e água aumentaram 56%
- O comércio aumentou 20%
- A educação aumentou 30%
- A saúde e acção social aumentaram 20%
Em boa verdade os sectores relacionados com o Estado ou com a produção de serviços públicos aumentaram vigorosamente e a agricultura reduziu-se fortemente.
Os restantes sectores mantiveram crescimentos médios à volta dos 15% que é um aumento mínimo se atendermos à evolução dos preços.
Repare-se que a indústria transformadora (que é basicamente agro-alimentar) tem um aumento de 15%, o que significa que consegue pressionar a agricultura para manter a competitividade no mercado, mantendo os seus números.
O resultado é que a estrutura do VAB em 2008 mostra uma maior dependência do Estado do que em 2004. Os aumentos excepcionais da Educação são disso um exemplo.
Parece-me que a análise da economia como um todo devia começar a ser repensada. Seria muito tranquilizador ver a agricultura e a indústria a aumentar 30% e os sectores dependentes do Estado a manter os seus valores.
É muito necessário implantar uma nova agricultura, moderna e geradora de valor acrescentado elevado, que incentive empresários e trabalhadores qualificados ou muito qualificados a permanecer no sector.
Basta ir a uma superfície comercial maior para se verificar que a incapacidade dos agricultores terem produtos locais nas prateleiras é imensa e está só garantida no leite UHT porque de resto até as alfaces têm forte concorrência.
Já agora o Valor Acrescentado soma os rendimentos do trabalho, do capital e impostos gerados em cada sector.
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