Muito se tem falado de dividas. Muito se tem falado de novo riquismo e de algo próximo do Fontismo. Do que se tem falado pouco é de economia.
Na realidade, só a produção de bens e serviços adequados a um mercado (seja ele qual for) que pague um preço compensador pode mudar mesmo as coisas. O resto são banalidades e truques.
Não é por escrever um orçamento que inscreve verbas menores nos diversos capítulos que as despesas se reduzem. É antes fazendo um trabalho de fundo que primeiro reponha as prioridades do estado e depois estude a melhor forma de as satisfazer.
Provavelmente, o caminho de penalizar as empresas para arrecadar mais receitas para pagar sabe-se lá o quê e a quem interessa não é o caminho.
As empresas são pessoas com capital e conhecimento. Tanto podem estar cá como em outro qualquer sítio. Claro que falo das mais relevantes, aquelas que criam emprego e riqueza.
Os políticos, pelos vistos, preferem as "piquenas e médias empresas", ou seja, aquelas que sendo importantes, não mudam o curso da história. Parece que agora é crime ser grande e com capacidade de internacionalização.
Estamos num mundo global e pensamos como se estivéssemos numa aldeia.
Porque não pensamos antes no que é preciso mudar para atrair empresas em vez de as empurrar para fora?
Reduzir o Estado podia começar por reduzir os Ministérios, vender pelo menos metade das empresas públicas.
O estado devia reduzir o orçamento reduzindo as suas funções e os seus empregados. Mas não é fazendo de conta. É reduzindo mesmo sem atenuar nada.
Um estado baseado no essencial e com funções de regulação era mais barato, mais ágil, menos corrupto, provavelmente dificultava menos a vida da economia.
Mais cedo ou mais tarde teremos uma geração nova que se irá impor com novas ideias. Talvez aí as coisas mudem.
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